terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Dia 21/01/2013 - Um fim de semana 'daqueles'...




         Meu final de semana foi meio conturbado. Na sexta-feira mesmo já começou o tumulto. Como Davi passou a noite e teve febre, resolvi deixar ele na casa de mãe para eu trabalhar mais tranqüila, porque Douglas foi para Belo Horizonte e aí se precisasse levar ele ao médico seria mais fácil ele estando aqui perto, e eu também poderia vê-lo na hora do almoço.
         Pois bem, fui almoçar na casa de mãe e Davi estava meio prostradinho, querendo só meu colo, só ficar perto de mim, aí quando falei que tinha que voltar a trabalhar ele me pediu: “Fica aqui comigo, mamãe!”. Aí expliquei que eu tinha que voltar para o trabalho, mas que voltaria em breve pra ficar com ele. Então ele me disse assim: “Deixa eu ir com você, mamãe?”. Quase que eu morro de dó! Consegui distrair ele e sai, com a promessa de que compraria o cobertor do Galo que ele tanto queria pra colocar no quartinho novo.
         Sai com meu irmão Felipe, passamos no banco, pagamos umas contas, e eu comprei o tal do cobertor antes de voltar pra delegacia e um cereal de bolinhas de chocolate que sei que ele adora. Estava morrendo de pena de deixar ele lá, já pensando que ele tava sentindo minha falta, e eu muito mal de não estar lá. Então resolvi pedir a delegada pra sair, expliquei que meu filho tava com febre e que precisava de mim, e ela concordou.
         Quando liguei para mãe, ela disse que estava na casa de vovó, e que Davi estava dormindo. Então fui pra lá e fiquei morrendo de dó de acorda-lo para leva-lo ao médico. Então deixei ele dormir, e quando acordou com febre, mãe falou pra gente ir pra casa dela, dar um banho nele e dar o remédio. E assim fizemos.
         Depois do banho ele ficou melhorzinho, com a carinha bem melhor, e todo feliz com o cobertor que ganhou. Antes das seis horas, Douglas me ligou falando que já havia chegado de BH e que ia passar na casa de mãe pra deixar uma coisa pra mim, antes de voltar para o serviço e deixar o carro lá. Então ele passou lá (e nem preciso dizer que Davi ficou super feliz em ver o pai, já que é louco com ele! Ainda mais quando combinam que mais tarde vai ter vídeo-game!rs) e me deixou duas pamonhas e um suco de milho, que ele sabe que eu A-D-O-R-O!!! Sempre lembrando da gente!...
         Poucos minutos depois fomos embora para casa, e Davi já estava bem melhor, não reclamava de dor em lugar nenhum, então fiquei pensando que poderia ser apenas uma virose, que nem todo médico fala quando não acha nada ou quando ta com preguiça de investigar o que pode ser.
         Coloquei ele para dormir comigo e com Douglas, e resolvi começar a dar o paracetamol ao invés do iboprufeno, que não tava resolvendo muito para baixar a febre, e foi bom que ele passou a noite inteira sem febre, mas ficou meio enjoadinho, com o nariz entupido, e eu e Douglas não dormimos nada. No sábado eu tava um bagaço de cansada, e imagino Douglas que ainda tinha que ir trabalhar! Minha sorte é que minha cunhada tinha ido na sexta arrumar casa pra mim, então fiquei só por conta de Davi o dia todo.
         Ficamos na cama assistindo desenho debaixo das cobertas até umas 10:30 da manhã. Aí fui fazer almoço, e vi que ele tava muito quietinho, então já percebi que estava com febre de novo. Liguei pra Douglas e avisei que levaríamos Davi ao médico assim que ele chegasse.
         Só que quando Douglas chegou Davi estava dormindo, e fiquei com dó de acorda-lo. Tinha acabado de tomar remédio e dormido, aí falei que quando ele acordasse a gente ia em Sete Lagoas levar ele no pronto atendimento do Planseg.
         Acabou que nós três dormimos, e quando acordamos já era umas cinco horas da tarde. Dei um banho em Davi e fomos para o médico, e qual não foi nossa surpresa ao chegar lá e sermos informados de que não tinha pediatra, nem lá no Hospital Nossa Senhora das Graças, nem na Unimed. Meu Deus! Que mundo é esse que estamos vivendo?! A gente paga um burro de um dinheiro para esses planos de saúde e não tem atendimento quando mais precisa. A recepcionista me falou que só teria médico depois das oito horas da noite, e que eles estavam encaminhando as crianças para os hospitais públicos. Mas para minha imensa sorte, também não tinha pediatra nos pronto atendimentos públicos. Parecia que os médicos resolveram simplesmente não trabalhar aquele dia. Que raiva!
         Voltamos para casa. Davi estava com a carinha boa, mas mais tarde a febre voltou. Falei com Douglas que no domingo levaria Davi ao médico, se encontrasse algum, é claro! Aí no domingo acordei, já disposta a fazer almoço mais cedo, porque eu também não ia sair de casa com o menino sem comer, porque sei que tem dias que a gente chega a esperar mais de duas horas pra ser atendido lá no pronto atendimento do plano.
         Nesse intervalo, minha mãe me liga, e me dá uma notícia horrível! Disse que a mãe de uma prima minha, que eu considero como uma tia, e que mora em Cordisburgo, estava com câncer e já estava em fase terminal, e que meu irmão Juliano havia visto ela e disse que se a gente quisesse ver que fosse rápido, ou não veríamos mais. Aí mãe me chamou pra gente ir lá depois do almoço, e eu concordei, porque precisava muito vê-la. Pensar que meus 15, 16 anos passei a maior parte do tempo enfiada dentro da casa dela, chegava a passar um mês inteiro de férias lá, pra ter a companhia da minha prima, naquelas épocas de adolescência em que a gente ta começando a sair e precisa da companhia de alguém. E era tão divertido! Ela sempre tão alto astral, tão sorridente, gentil... Dormíamos as três (eu, ela e minha prima) na mesma cama, e era sempre uma farra total! Fiquei muito chocada com a notícia.
         Fiz almoço, arrumei Davi, e fomos para Sete Lagoas. Iria em Cordisburgo primeiro, e como não iria demorar lá, levaria Davi ao médico assim que chegasse.
         A visita foi realmente bem rápida. Me doeu o coração vê-la tão debilitada, em cima de uma cama, mal conseguindo falar, parecendo que nem reconhecia a gente direito. Saí de lá muito triste.
         Na volta, liguei para o hospital para saber se havia pediatra, e nem me surpreendi quando a atendente informou que tinha, mas que ele já tinha ido embora, encerrado o plantão (que era pra ir até as 19:00 horas) às 16:00 horas. O cúmulo do absurdo e da falta de respeito e compromisso! Mas minha cunhada já havia me falado que no PSF de Prudente de Morais tinha clínico geral de plantão, que eu levasse ele lá. Uma ex cunhada minha, que é pediatra, estaria atendendo em um posto em Sete Lagoas, mas só pegaria plantão lá pelas 20:30 horas, então resolvi voltar para Prudente.
         Quando chego lá, a melhor: as duas atendentes deitadas nos bancos de espera dos pacientes, assistindo televisão, e sequer levantaram para me atender. De onde estavam, uma só levantou os olhos pra mim e disse que o médico já havia ido embora, e que só teria atendimento no dia seguinte. Isso ainda eram 17:30 horas. MINHA NOSSA SENHORA DAS ALMAS!!! Eu estava a ponto de desistir. Peguei Douglas na casa da mãe dele e fomos para casa. Aí falei com ele que ia esperar minha ex cunhada pediatra me ligar falando o horário que ela estaria atendendo e levaríamos Davi lá, porque ela me falou por telefone que poderia ser uma sinusite, e que precisaria entrar com antibiótico.
         Um tempinho depois mãe me liga, perguntando se Davi já tinha consultado, e quando falei que não, e expliquei os motivos, ela veio com um “Ah, eu sabia!...” que me irritou demais da conta! Se não fosse minha mãe eu tinha desligado o telefone na cara dela. Falou comigo num tom autoritário, parecendo que eu era uma mãe negligente, que não tava nem aí pra Davi, mas quando a gente chegou de Cordisburgo e eu falei que nem ia entra na casa dela, que tinha que correr pra levar Davi ao médico ela me mandou entrar, pra ao menos dar o menino um café. E se não fosse isso eu teria pegado o tal clínico lá em Prudente. Por causa de uma maldita meia hora não achei ele lá. Aí depois vem falar comigo como se eu não estivesse nem aí? Calma lá! As coisas não são assim. Ela nem sabe como é meu dia-a-dia com Davi direito pra dando sermão.
         Mas a verdade é que aquilo me magoou muito. Davi já estava dormindo, e eu abri a boca a chorar pensando que eu poderia mesmo estar sendo um péssima mãe, negligente, e pensando que eu nem sabia o que meu filho tinha. Então Douglas me chamou e conversou comigo. Falou que eu era uma ótima mãe e que ninguém tinha o direito de falar nada sobre minha criação de Davi, nem ele mesmo poderia falar, que eu era exemplar, e que ele via minha dedicação e meu carinho com Davi. Ligamos para o hospital de Sete Lagoas e naquela hora, por volta das oito da noite, já tinha um pediatra, Dra. Carolina, atendendo. Fomos correndo para lá. Tirei Davi da cama, dormindo mesmo, agasalhei ele bem, e fomos. Ele com a carinha tão boa, como sempre, sem reclamar de nada.
         Enfim, passamos pela pediatra, que graças a Deus foi bem educada (diferente de umas pestes que a gente costuma achar lá), e disse que ele estava com a garganta inflamada, e poderia estar com princípio de sinusite, então passou tratamento com antibiótico, durante 14 dias, e mais soro fisiológico para pingar no nariz.
         Saímos de lá, compramos tudo que precisava e voltamos para casa, mais aliviados. Liguei para minha mãe avisando que já tinha levado Davi ao médico, porque me senti meio que na obrigação de dar uma satisfação, pra que ela não ficasse pensando qualquer coisa de mim.
         Já começamos o antibiótico na mesma noite, e Davi dormiu bem, sem febre, no cantinho da nossa cama, abraçadinho no meu pescoço! Essa é a melhor recompensa do mundo!
Meu pequeno com 11 meses, e cabelo de anjinho!

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