domingo, 19 de maio de 2013

Dia 19/05/2013 - Tantas notícias em um post só

    Bom, são tantas as notícias que tenho para dar que nem sei bem de onde começar. Então resolvi dividir esse post em alguns tópicos para ficar mais fácil organizar minhas idéias e seguir a ordem cronológica das coisas. E aí vai!...

Dia 06/05/2013 - Um grande susto e a ida à maternidade

    Na segunda-feira, dia 06/05, trabalhei normalmente durante o dia, mas saí do serviço mais cedo para toamr um banho na casa de mãe, pois tinha consulta de pre-natal. Devo ter chegado na casa de mãe por volta das cinco horas da tarde, e a consulta era lá pelas seis (por causa do atraso comum), e quando se aproximou do horário, a recepcionista do consultório me ligou desmarcando a consulta pois doutor Gilton teve que fazer um parto de urgência e só me atenderia no dia seguinte. Decepcionada, porém resignada, já que não tinha mesmo jeito, liguei para Douglas, que havia ido trabalhar de moto para conseguir chegar a tempo na consulta, e disse que podíamos ir embora, que a consulta havia sido adiada para o dia seguinte. Aí ele me pediu que o esperasse na casa de mãe, pra gente poder passar no banco e sacar um dinheiro para depositar na poupança no dia seguinte.
    Pois bem. Nos encontramos e fomos até o banco, eu de carro e ele de moto. Chegando lá, quando estávamos subindo a rampa do banco, uma mulher me chamou e quando chegou até mim, me avisou que eu tivesse cuidado, que dois rapazes bem suspeitos estavam na esquina do banco, por onde ela acabara de passar, combinando de me assaltar assim que eu saisse do banco, e ainda disseram que eu estava grávida, então seria fácil. Senti meu estômago embrulhando naquele momento, e pensei que o suco de milho que eu tinha tomado pouco antes (que Douglas trouxe com o maior carinho para mim) não havia caído bem. Mas entramos no banco assim mesmo. E não é que um dos pivetes entrou junto e começou a encarar Douglas bem nos olhos, enquanto nos dirigíamos ao caixa eletrônico? Achei aquilo uma afronta! Desejei demais estar armada naquele momento para mostrar àquele moleque que mulher grávida pode ser mais esperta do que ele pensa. O pior é que eu não fui tão esperta, porque estava completamente desarmada.
    Pedi à Douglas para não efetuar nenhum saque, e enquanto olhávamos o extrato da conta, o tal indivíduo fingiu mexer em outro caixa, mas sem tirar os olhos da gente. Por fim, ele acabou saindo do banco, mas ficou rondando a porta, subindo e descendo a rua, em atitude muito suspeita.
    Pedi a um dos guardas do banco que me acompanhasse até meu carro, e expliquei o motivo, mas ele falou que não podia fazer aquilo (não sei o que custaria a ele fazer isso. Se acontece algo comigo, sei que a consciência dele ia doer bastante depois). Aí Douglas falou que eu esperasse dentro do banco que ele manobraria o carro e o deixaria na porta do banco pra mim, já ligado, e em seguida pegaria e moto e iria me seguindo, para irmos juntos para casa. E assim ele fez.
    Os guardas ficaram apenas olhando da janela, e não sei se os indivíduos perceberam, mas começaram a subir a rua, se afastando da porta do banco, e assim que Douglas manobrou o carro, pulei pra dentro dele e arranquei sem nem abrir os vidros.
    Meu estômago embrulhava tanto que achei que fosse vomitar a qualquer momento! Fui dirigindo sentido Prudente de Morais e foi me dando uma terrível dor de cabeça no trajeto, fora a náusea, e então resolvi abrir os vidros um pouco, já na estrada, para ver se me sentia melhor. Não funcionou muito. Quando já estava chegando em Prudente, comecei a me sentir mal, como se estivesse com falta de ar, muita náusea, e daí comecei a sentir um pouco de tonteira. Foi quando comecei a piscar o farol para Douglas parar e assumir a direção do carro, pois estava com medo de continuar dirigindo e acabar provocando um acidente. Parei em um acostamento e abaixei a cabeça no volante.
    Nisso, Douglas olhou para trás e me viu, e então voltou correndo, já desorientado, pedindo socorro, e eu destravei as portas do carro e comecei a ter ânsia de vômito, mas só saia mesmo água. Sei que alguém parou para ajudar, mas nem consegui ver quem porque, a esta altura, já estava tendo uma crise nervosa, e nem conseguia dizer nada.
    Poucos minutos depois para uma viatura da polícia militar e começa a questionar se houve algum acidente, se eu tinha batido em algo, e Douglas explicando que eu só estava passando mal. Aí me tiraram da direção do carro, me passaram para o lado do passageiro, e mandaram Douglas me levar para o hospital em Sete Lagoas, que o pessoal do restaurante ali perto levaria a moto que ele estava. E assim foi feito.
    No caminho para Sete Lagoas, eu já estava melhor, mas comecei a sentir cólicas demais, do tipo de contrações. Elas estavam bem constantes! Pedi para Douglas me levar para a casa de mãe ao invés do hospital, e ele já havia explicado a ela meu estado pelo celular durante o trajeto. Chegando lá, ela olhou minha pressão, que estava normal, e disse que estava tudo bem. Mas aí ela reparou na frequência das contrações e achou mais prudente Douglas me levar à maternidade.
    Chegando lá, haviam algumas mulheres na minha frente, mas não demorou tanto para eu ser atendida (ou talvez tenha demorado, mas nem tenho mais noção do tempo que fiquei lá agora). Sei que quando fui atendida, a médica me examinou, disse que o colo do útero estava fechado, mas que eu tomaria um buscopan composto no soro intravenoso para parar as cólicas.
    A enfermeira me levou até o quarto andar da maternidade e me colocou em um quarto, tipo de enfermaria, onde tinha uma mulher que já havia ganhado bebê, e me deitou lá na cama com o soro ligado, onde fiquei até uma hora da madrugada, com Douglas sentado em uma poltrona ao lado, cochilando. Olhava a mulher com um ar de cansada, com a mãe dela ao lado do bercinho do bebê, e ficava pensando que dali a alguns dias seria minha vez.
    Quando o soro acabou, passei na médica para ela me liberar e pedi um atestado para o dia (no caso, para a terça, porque já era mais de meia noite) e ela me deu.
    Fomos embora, pegamos Davi na casa da minha sogra, e finalmente chegamos em casa mortos de cansados.

Minha última foto grávida, na sala de pré parto.
  
Dia 07/05/2013 - Pré natal, ultrassom e uma notícia inesperada

    Na terça-feira acordei mais tarde, pois estava de atestado e não iria trabalhar. Minha consulta estava marcada para meio dia, então deixei Davi na casa da minha sogra, almocei e fui. Ainda esperei um tempinho bom pra ser atendida, mas isso não é nenhuma novidade! Quando doutor Gilton me atendeu, relatei para ele o ocorrido na noite anterior, e também disse a ele que na sexta-feira passada eu suspeitei que havia perdido líquido, e que então fui à maternidade e o médico de plantão me solicitou um exame de ultrassom, chamado PBF (Perfil Biofísico Fetal) para ver se estava tudo bem com o bebê, e que eu havia marcado o exame para aquele dia, após sair do consultório dele. Ele disse que tudo bem, que quando saísse o laudo, que levasse para ele ver.
    Conversou bastante comigo, me examinou, disse que estava tudo bem. Por fim, perguntou sobre o problema de hemorragia que tive no primeiro parto, e disse que queria que eu fosse avaliada pela hematologista antes do parto, para ele não passar sustos como minha médica passou, e que queria deixar reserva de sangue caso eu precisasse de transfusão mais uma vez. Como minha hemoglobina estava no limite, mandou que eu tomasse vitamina e ferro durante os dias antes da cesárea, para tentar elevá-la a um nível mais seguro. E lá do consultório mesmo, ligou para a doutora Cristina, minha hematologista, e explicou a ela o caso, mandando que eu fosse ao consultório dela assim que saísse dali.
     Assim eu fiz. Como era tudo no mesmo prédio, passei na doutora Cristina e a secretária marcou consulta para sexta-feira. Saí de lá e fui direto para o ultrassom.
    A médica que fez o exame é super atenciosa, uma gracinha de pessoa! Começou o exame, conversando comigo o tempo todo, mas aí teve uma hora em que ela ficou mais séria, e disse que eu estava com o líquido amniótico muito diminuído. E durante todo o exame ela frizava mais a frase: "Seu líquido tá muito, muito diminuído mesmo! Nos espaços vazios, onde era pra ter líquido, só consigo enxergar cordão umbilical; não vejo líquido algum".
    Comecei a ficar muito preocupada, mas não deixei transparecer. Como gostaria que Douglas ou minha mãe estivessem comigo naquele momento!... Mas na frente da médica, me mantive forte. Ela me perguntou para quando era o parto, e eu disse que era dia 15/05. Aí ela disse que não poderia esperar até lá, que já ia me dar o laudo e gostaria que eu levasse imediatamente para meu médico, que provavelmente ele iria antecipar o parto.  Disse que até aquele momento o bebê estava muito bem, mas que não podia arriscar. Me mostrou o rostinho dele, sentado, e disse que a imagem estava ruim justamente pela falta de líquido.
    Saí da sala de exames e fui para a recepção aguardar o laudo, e aí um milhão de coisas já se passavam na minha cabeça. Liguei para Douglas, depois para mãe, e então ela me disse que mandaria Oliveira (o namorado dela) ir me fazer companhia, para que eu não ficasse sozinha. Sei que comecei a chorar, meio que em pânico do que iria acontecer dali pra frente. O parto de Davi me veio à cabeça como um filme, e então comecei a pedir a Deus que não deixasse tudo aquilo me acontecer novamente.
    Oliveira chegou e o laudo ficou pronto, e então fomos até o consultório de doutor Gilton ver o que ele resolveria. Antes de ser atendida, Douglas chegou e entrou comigo no consultório. Assim que olhou o laudo e leu a conclusão, onde dizia "Oligohridamnia absoluta", e ainda dizia que o bebê estava bem, ATÉ O MOMENTO (o que deu a entender que ele poderia não estar bem a qualquer momento). Após ler e fazer alguns grifos no exame, doutor Gilton pegou seu bloquinho e começou a fazer meu encaminhamento para a maternidade. Disse que eu seria internada e que o médico de plantão faria meu parto, porque não convinha esperar mais, pois o bebê já estava de 37 semanas e poderia entrar em sofrimento. Aí que fiquei em pânico mesmo! Comecei a chorar dentro do consultório, e doutor Gilton me consolou dizendo que eu não chorasse, que o bebê estava bem e pronto para nascer. Falou que eu poderia ir em casa tomar um banho e pegar minhas coisas, pois como eu tinha alimentado às três horas da tarde, o médico só faria a cesárea depois das nove horas, porque tem que ter o tempo do jejum.
    Fui em casa, desnorteada, e eu e Douglas começamos a arrumar tudo. Eu nem estava acreditando que o Arthur já ia nascer naquele dia. Liguei para mãe e mandei mensagem para algumas pessoas avisando do imprevisto.
    Depois de arrumar tudo, passei na casa da minha sogra para deixar as coisinhas de Davi e partimos para a maternidade, sendo que minha cunhada Paula, que é enfermeira, fez questão de nos acompanhar.
    Chegando na maternidade, fiz a ficha e subimos para aguardar o médico atender. Se não me falha a memória, só havia eu para ser atendida. A enfermeira não deixou que minha cunhada ficasse lá, pois só poderia ter um acompanhante, então Douglas mandou que ela aguardasse na sala de espera do bloco cirúrgico.
    Quando o médico chegou e me atendeu, um tal doutor Roberto que nunca vi mais gordo, olhou meu encaminhamento e começou a rir, dizendo que não via nenhum motivo para me internar e antecipar meu parto, que o que eu tinha, várias pacientes dele já tiveram e nem por isso anteciparam o parto. Me subiu um nervoso na cabeça, mas decidi não estressar. Comecei a pensar comigo, enquanto ele falava um monte de abobrinhas, que assim que eu saísse do consultório que ligaria para doutor Gilton e o pagaria a tal taxa de disponibilidade para ele ir imediatamente fazer meu parto, pois não queria correr o risco de voltar pra casa e acontecer algo com meu bebê por causa da imprudência de um médico inexperiente.
    Ao relatar para ele o que ocorrera no meu parto anterior, a pedido de doutor Gilton, ele riu novamente, e disse que meu exame de sangue, inclusive hemoglobina e plaquetas (que estava abaixo do nivel normal) estavam ótimos, e que ele faria um parto sem nenhum risco com um exame daqueles.
    Outra crise de ódio me passou pela cabeça. Aquele médico tava a fim de irritar ou ele era mesmo insuportável com todo mundo? Custava ele apenas seguir o pedido do meu médico e me internar logo pra acabar com aquilo? Por fim, ele olhou meu exame de ultrassom, e quando leu a conclusão, começou a mudar de idéia. Disse que ia me internar e ver com o outro médico a opinião dele, se faziam ou não a cesáreana. Bom, menos mal se já ia me internar. Antes de eu sair do consultório, mãe chegou e isso já me deu mais confiança, porque a enfermeira que estava na sala conhecia ela, e o médico percebeu que mãe era da área de saúde, então acho que ele pensou bem antes de me mandar pra casa e fazer alguma besteira.
    Fui para o pré-parto e depois de um tempo Douglas chegou para ficar comigo. O pediatra que estava de plantão era doutor Rodolfo, que acreditem, foi meu pediatra! Isso me deixou muito mais tranquila! Depois de algum bom tempo, os médicos chegaram e disseram que decidiram fazer meu parto, que havia apenas duas pacientes na minha frente, e em seguida seria minha vez.
    A ansiedade estava a mil, mas me controlei porque Douglas estava lá e entraria na sala de parto comigo, e também deixaram que mãe assistisse ao parto, por trabalhar na área de saúde. Fiquei super aliviada ao saber da notícia por doutor Rodolfo! Ter mãe e Douglas comigo na hora do parto seria perfeito! Só teria que esperar mais alguns minutos para finalmente, conhecer meu pequeno Arthur!

Dia 08/05/2013 - Enfim o Arthur!... E algumas complicações...

Arthur nasceu com 49 cm e 3,215 kg!
    Meia-noite, e eu já estava sentada na maca da sala de cirurgia. Mãe já estava lá dentro comigo, porque doutor Rodolfo a deixou entrar para ir me tranquilizando, sendo que Douglas entraria na hora do parto mesmo. Quando o anestesista chegou, começou a me perguntar sobre o problema de coagulação que eu tinha, e relatei todo meu histórico para ele, que ouviu com bastante atenção e seriedade. Ao final, disse aos médicos que só iniciariam a cesárea após um exame de sangue meu, um coagulograma e hemograma, para ter certeza de que não haveria nenhum problema durante o parto.
    O pessoal do laboratório subiu para colher o sangue, e nisso já havia acabado os outros partos, e resolveram me trocar de sala para outra maior.
    Enquanto não saia o resultado, ficamos conversando eu, mãe e doutor Rodolfo, e isso me deixou muito calma. Quando o resultado finalmente chegou, e o anestesista disse que estava bom e que poderiam começar o parto, eu fui ficando nervosa. Tinha medo da anestesia na coluna, e ela realmente doeu um pouco, uma sensação de queimação, mas o pior mesmo foi a reação logo depois. Quando me deitaram, comecei a sentir da barriga para baixo adormecer, e quando os médicos começaram a limpar a região da cirurgia, fui sentindo náusea e falta de ar, e achei que fosse morrer. Mãe estava, e ficou o tempo todo logo atrás de mim, segurando minha cabeça, me tranquilizando, dizendo que era assim mesmo e que logo aquela reação iria passar.
    O anestesista me colocou no oxigênio, e mãe me avisou que Douglas já estava na sala, próximo aos meus pés (e por isso não o vi), mas garantiu que ele estava assistindo tudo.
    Foi tudo muito rápido, e às 01:18 horas, escutei o chorinho do meu Arthur, forte, alto, e não contive as lágrimas de alegria e alivio que vieram na mesma hora. Vi meu anjinho sendo levado para ser limpo pelo pediatra, e reparei como ele era perfeitinho, até rosado, com uma carinha linda!.... Logo em seguida tiraram ele de lá, sem eu nem ter tocado nele ainda, e então os médicos começaram a me costurar, com mãe ainda ao meu lado, todo o tempo, pois Douglas já tinha saído da sala assim que tiraram o bebê de lá para levar ao berçario.
Meu presente de Deus!
    Quando acabaram de costurar, disseram que foi tudo bem, que eu sangrei muito pouco, o normal, e que realmente não havia líquido quando abriram a barriga. Aí eu já estava mais tranquila, pensei que o pior havia passado.
    Quando me levaram para  a sala de recuperação, mãe já não pode me acompanhar, mas haviam mais três mulheres lá dentro, inclusive uma de nome Janaína, que teve o bebê pouco antes do meu. Ficamos conversando durante algum tempo, às vezes eu cochilava um pouco, e depois levaram nossos bebês para mamar. O pior que eu não sentia as pernas ainda, e ficou difícil amamentar, mas fiquei juntinho do meu bebê e aproveitei para dormir um pouco até passar o efeito da anestesia e poder ir para o quarto. De vez em quando, uma enfermeira passava e perguntava se minha pressão era baixa no normal, porque estava 8 por 4. Respondi que não era tão baixa, e pensei que talvez por isso eu sentisse tanto frio e sono.
    Finalmente, lá pelas cinco e meia da manhã, vieram me levar para o quarto, mas qual não foi meu susto, e também da enfermeira ao levantar meu lençol e ver que a cama estava repleta de sangue, até perto do meu pescoço. Então ela começou a apertar minha barriga e eu senti, além da dor terrível parecendo que eu ia desencarnar, uns coagulos de sangue saindo.
No quarto, antes da transfusão.
    Fui para o quarto e vi Douglas, e antes de adormecer novamente, ficamos babando em cima do nosso bebê, tão lindo e perfeito, uma verdadeira obra de Deus!
    Mais tarde, quando as enfermeiras chegaram para trocar o lençol, novamente a cama estava repleta de sangue, e achei aquilo muito estranho, mas elas disseram que era normal.
    Durante todo o dia, quando eu ia ao banheiro tentar fazer xixi, so descia sangue vivo, e quando eu olhava no espelho, achava minha cor desbotada, estava muito amarela, sem nem contorno nos lábios, mas pensei que pudesse ser reflexo da luz no espelho, já que ninguém me falou que eu estava pálida.
    Ah, teve ainda um episódio de manhã, quando minha tia Angélica (Quinha) foi me levar para tomar banho depois do café da manhã, e eu desmaiei logo depois do banho, e quando o médico entrou no quarto e foi me arrastar para a cama, vomitei tudo que tinha comido.
    Mais tarde, mãe foi ficar comigo e quando foi me levar ao banheiro, ficou assustada com a quantidade de sangue que desceu, e quando doutor Rodolfo foi no quarto ver como eu e o Arthur estávamos, mãe conversou com ele que aquilo não era normal, que eu estava amarela demais. Então, doutor Rodolfo deixou um pedido de sangue prescrito, e o pessoal do laboratório foi colher já a noite.
    Mãe foi embora e Douglas foi dormir comigo (e ele literalmente dormiu, porque estava morto de cansado!). Às duas da manhã, a doutora Carmem, que estava de plantão, me acordou com uma cara assustada perguntando o que estava acontecendo, que meus exames estavam muito abaixo do normal, minha hemoglobina estava a seis, as plaquetas caíram para 80.000, e o coagulograma estava alterado. Disse que se continuasse caindo daquele jeito que ela reservaria uma vaga na UTI para mim, e eu simplesmente fiquei apavorada! Douglas não ouviu nada, porque estava no décimo sono! E eu pensando que mãe poderia tanto estar ali comigo, de novo.
    O rapaz do laboratório colheu meu sangue e ela disse que assim que tivesse o resultado voltaria pra me informar. Liguei para mãe apavorada, e depois tentei dormir um pouco antes da médica voltar.
    Ela voltou já pela manhã, antes das seis horas, e disse que o exame deu estável (estava do mesmo jeito, não tinha melhorado mas também não piorou) e ela faria a transfusão de sangue no quarto mesmo para eu ficar com o bebê. Começou com transfusão de plasma, e tomei três bolsas, e em seguida foi a transfusão de três bolsas de hemácias.
Davi todo feliz com o irmãozinho!
    Pela manhã mesmo mãe chegou e foi ficar o dia inteiro comigo, pra Douglas descansar. Ela tinha ficado muito preocupada e arrumou alguém para trabalhar para ela naquele dia, pra me acompanhar durante a transfusão. Foram mais de doze horas seguidas de transfusão, sem me levantar para sequer ir ao banheiro, e com as enfermeiras medindo minha temperatura e pressão a cada meia hora. Um estresse! Mas no fim do dia eu era outra pessoa!
    Só para adiantar, no dia 10/05 eu tive alta, e voltei para casa com meu Arthur e com meu Davi. Mas chegando em casa me deu um vazio imenso, uma vontade de chorar terrível, e eu já sabia que era o princípio de uma depressão pós parto, mas esse assunto eu conto depois, em outro tópico, porque meu Arthur está resmungando agora querendo mamar e ele é minha prioridade número zero!rs
O 1º banho em casa teve até assistente!rsrs

 

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Dia 03/05/2013 - As más e as boas notícias da semana!!!



         Já se passou um tempinho bom desde o último post, mas são os percalços da gravidez!rs Na verdade, na semana passada eu estava de licença porque peguei dengue. Eu nem acreditei, porque vinha tentando um atestado a tanto tempo, nem que fosse de uns dias, e aí de repente, estou eu, com uma semana de licença!!!
         Comecei a sentir mal na quinta-feira, dia 18/04. Quando cheguei em casa estava sentindo tanta dor nas pernas que só queria ficar deitada. Custei consegui dormir, e durante a noite também senti muito calafrio.
         No dia seguinte, acordei decidida a ir ao PSF de Prudente mesmo consultar, mas chegando lá, não tinha médico. Passei no Samu e conversei com mãe, e ela me disse que nos Pronto Atendimentos também não havia médicos, que era melhor eu procurar algum posto de saúde mesmo, que o atendimento seria mais rápido do que se eu fosse na maternidade.
         Pois bem. Fui até o posto do bairro São João, e chegando lá, já nem tinha mais ficha de atendimento. Mas acho que a atendente ficou com dó só de ver a minha cara, e ainda por cima grávida, e então fez a ficha e me encaixou lá entre as consultas.
         Poucos minutos depois me chamaram. Quem me atendeu foi uma enfermeira, porque lá também não havia médico naquele horário. Ela fez a tal prova do laço, que deu negativa pra dengue, e me passou um pedido de exame de plaquetas, leucócitos e hematócritos. Fui até o PA central e fiz o exame na hora, mas só ficava pronto no sábado, então fui pra casa descansar que estava com uma tremenda dor de cabeça.
         No sábado, pela manhã, fui no shopping com minha cunhada Rosa, a filha dela e Davi, porque precisava urgente comprar uma roupa de frio que servisse em Davi. Andando pelo shopping, as vezes me dava tanta dor na barriga, uma dor descendo para as pernas, que eu tinha que parar e esperar passar, mas achei que não fosse dar conta. Depois de comprar a roupa e comer algo, deixei Rosa na rodoviária e fui pegar meu resultado de exame.
         As plaquetas deram baixas (111.000, e pela referência tinha que estar entre 150.000 e 450.000) e os hematócritos também baixaram um pouco em relação ao valor de referência. Fui até a casa de mãe e ao olhar ela disse que eu estava mesmo com dengue. Passei a tarde na casa dela, porque Douglas estava acompanhando meu cunhado Jéferson em uma cirurgia na perna que ele estava fazendo, e não tinha hora de sair do hospital. Foi bom que descansei bastante, estava sentindo muita dor no corpo, até nas juntinhas dos dedos, acredita?
         Quando já eram quase oito horas da noite e Douglas ainda não tinha previsão de quando sairia do hospital (isso que a previsão de alta do Jéferson era até umas sete horas, no máximo, depois mudou para “até quando ele conseguir urinar sozinho”), resolvi ir embora com Davi. Douglas chegou já tarde da noite, e sei que meu cunhado ainda ficou lá até de madrugada (isso porque colocaram a sonda depois que ele não conseguiu mesmo fazer xixi).
         No domingo, mãe me ligou dizendo que estava trabalhando no PA do Belo Vale e que eu fosse lá, que ela faria minha ficha para a médica me atender. Demorou um pouco, e quando ela me atendeu (uma médica novinha, recém formada), me pediu que fizesse outro exame de sangue para ver se as plaquetas já haviam subido, e que eu ficasse de repouso do domingo. E eu crente que ela me daria uma atestado ao menos da segunda-feira. Mulherzinha!...
         Fiz o exame, mas só ficaria pronto na segunda, e como eu não tinha nenhum atestado para a segunda, fui trabalhar. Mas estava realmente me sentindo mal. Sentia tonteira mesmo sentada, parecia que eu ia cair da cadeira. Então mãe me ligou e eu falei com ela, e ela disse que meu exame ainda estava muito baixo, que um tal doutor Cristiano que estava atendendo lá no PA do Belo Vale ia me examinar e me afastar do serviço por alguns dias, mas ele pediu que a gente avisasse para doutor Gilton que, afinal, é meu médico.
         Pedi que mãe me buscasse no serviço porque não tinha a mínima condição de dirigir, e assim foi. Passamos na casa dela para almoçar antes, porque eu sentia fraqueza demais, e no caminho ela conversou com doutor Gilton ao telefone, que me mandou ficar afastada por no mínimo sete dias, e que repousasse bastante, hidratasse, e fizesse exame de sangue a cada 24 horas para acompanhar as plaquetas, porque dengue na gestação é muito perigoso se as plaquetas caírem demais.


         Fomos nós no doutor Cristiano, e saí de lá com uma licença até dia 28/04. Fiquei bem aliviada de poder ir pra casa e descansar esses dias, embora não estivesse tendo febre (porque eu geralmente não tenho mesmo), meu corpo precisava de um descanso, e eu passava as tardes dormindo com Davi. Minha pressão estava sempre baixa: 90/50 ou 9 por 5, como costumam falar, e por isso tinha tanta tonteira. Claro que a dor no corpo não era nada agradável, mas não era nada que eu não sobrevivesse, e já mais no final da semana, já estava bem melhor e ainda tinha uns dias pra ficar em casa com Davi.
         Como solicitado, todo santo dia eu vinha a Sete Lagoas colher sangue, e até o terceiro exame as plaquetas tinham subido pouco (118.000), mas eu estava melhor. Durante essa semana, doutor Gilton me surpreendeu ao ligar algumas vezes querendo saber como eu estava, que ele estava preocupado, e reforçando que eu devia mesmo repousar e me hidratar bastante. Achei atencioso da parte dele. Chegou a me ligar em um domingo a noite!
         Na segunda-feira, dia 29/04, tinha retorno de consulta com doutor Gilton, e eu já estava bem melhor! Douglas foi comigo, e um dos primeiros assuntos foi o parto. Por fim, convenci doutor Gilton a marcar meu parto para o dia 15/05, que é o dia em que ele vai estar de plantão. Na verdade, ele não relutou em marcar, só pediu que eu tivesse ciência de que era um pedido meu, porque às vezes, o bebê que nasce antes de 39 semanas (9% dos bebês), pode ter que ficar no berçário algumas horas para se recuperar do parto, e isso gera muita preocupação aos pais, mas é normal, só que quando isso ocorre, algumas mães falam que o médico tirou o bebê antes da hora. Assumi a responsabilidade e falei que tinha total ciência sobre o que poderia ocorrer, e que ele me avisou sobre isso claramente. Acertando isso, ele já me deu até o pedido de internação, e começou a me passar as orientações para o dia antes do parto. Mas aí eu já estava tão extasiada de já saber quando o Arthur vai nascer, e pensar que está tão perto, que nem prestei muito a atenção.
         Depois disso ele me pesou (ganhei apenas 300 gramas! A dengue teve seu lado bom!rs), olhou a pressão, o colo do útero, tudo certinho. Me pediu um outro hemograma que eu devo fazer hoje, para ver como estão as plaquetas agora. Saí de lá muito feliz, diferente da última consulta.
         Agora tenho retorno na próxima segunda-feira já, e deve ser o último, porque na outra semana já é o tão esperado parto! Estou me programando para trabalhar até dia 10/05, e ficar a segunda e terça já em casa, gozando da licença, colocando algumas coisas no lugar, e me preparando psicologicamente e emocionalmente para esse momento que é ao mesmo tempo esperado e temido pra mim.
         Apesar que fico pensando se o Arthur não vai me pregar nenhuma peça e resolver adiantar mais ainda, porque desde ontem estou sentindo tanta dor na parte de baixo da barriga, quase em cima da cicatriz da cesárea, mas por dentro. Uma dorzinha chata, parecendo cólica de TPM. Até as pernas estão doendo. Estou querendo crer que é pelo peso da barriga e por eu ficar sentada tempo demais no serviço, mas ontem no banho fui tentar sentir o colo do útero (desde que eu aprendi em um fórum do Baby Center eu sempre olho pra ter certeza de que está fechado) e não consegui sentir o de sempre. Ao contrário, senti uma coisa meio mole e já fiquei preocupada. Hoje acordei pensando em ir na maternidade consultar, so pra tirar a dúvida, mas tinha uns intimados pela manhã e não queria ter que remarcar.
         Agora no horário de almoço vou à rua. Se a dor persistir, passo lá (mesmo sabendo que vou ficar a tarde inteirinha pra ser atendida!) e tiro essa dúvida.
         Ah, antes que eu me esqueça, a boa notícia do dia: minha cunhada Isabela (Bela) está grávida!!! Fiquei muito feliz quando Juliano me ligou hoje, antes das sete horas da manhã, me dando a boa notícia! Vou ser titia, que maravilha! E nossos bebês não terão nem um ano de diferença. Mãe ta toda boba, babona, mais um netinho(a) pra ela!
         E é isso aí! Vamos procriar e aumentar a prole dos Lavarini’s!(rsrs)