quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

26/12/2013 - Quase oito meses: vida de mãe corrida!...

Nossa, quanto tempo já se passou desde o último post!... Tanta coisa aconteceu, meu Arthur está enorme, bonzinho como sempre, e eu com menos tempo do que nunca!rs
Depois de seis meses de licença e mais um mês de férias que eu emendei, finalmente (infelizmente) voltei ao serviço. Não que eu não goste do meu serviço, às vezes até sentia falta da rotina de trabalhar, do tempo passando rapidinho quando eu tinha muito serviço, do pessoal da delegacia, mas o lado triste é deixar meu bebê em casa e ficar longe dele o dia todo.
Pelo menos eu fui feliz, porque voltei a trabalhar no dia 10/12, o Arthur já estava bem ativo, comendo de TUDO (até o que não devia!), e o melhor de tudo é que Douglas, como ainda está de licença por tempo indeterminado, está cuidando dos meninos na casa da minha avó enquanto eu trabalho, e como a casa dela é na mesma cidade em que trabalho, posso ver os meninos na hora do almoço, que fica bem pertinho.
Nesse ponto está sendo perfeito para mim! Fora a confiança de estar deixando os meninos com o pai, fico contente de poder vê-los durante o dia. Quando saio de manhã, já dei café para os dois, o Arthur já tomou o banho e vem me trazer no serviço mamando, aí já volta para casa de vó dormindo.
Falo para todo mundo que eu e meu marido invertemos os papéis, somos um casal moderno, porque eu trabalho fora e ele olha as crianças!rs Final de semana a gente arruma casa juntos!
Mas vamos ver até quando dura essa minha alegria, porque Douglas vai ter que se submeter a outra cirurgia para corrigir o osso da perna, que ficou torto. Estamos esperando o hospital marcar e aí vou tentar tirar uma licença de 90 dias (que é o máximo de tempo de licença remunerada) e se der sorte vai até abril, quando eu entro de férias novamente. Aí vou cuidar dos meus três homens de novo, em tempo integral!
É tanta coisa pra contar que não dá muito tempo. A vida anda corrida, não tenho mais tempo de postar muitos detalhes no blog, na verdade, sem tempo para postar até o básico, que era um post mensal do desenvolvimento do Arthur. O tempo que eu tenho livre é só para família (apesar que de vez em quando arrumo um tempinho para fazer as unhas e arrumar o cabelo enquanto Douglas fica com os meninos na casa da mãe dele. Já é uma vitória!).
O Arthur tá muito fofo! Quase oito meses, quase dez quilos!... Já fala 'mama', 'papa', 'dada', e outras sílabas mais. Já dá tchau do jeito dele, faz dezenas de sons com a boca, brinca e interage com todo mundo (só fica rindo), e já está COM DOIS DENTINHOS que descobrimos na última consulta com o pediatra!!!
Enfim, tá super bem, e eu super feliz com meus dois meninos! Estou muito realizada como mãe, e sabe que o casamento também deu uma melhorada depois que o bebê nasceu? Dizem que geralmente é o contrário, mas pra mim está tudo de bom agora. Pelo tempo que eu e Douglas ficamos juntos, de licença, em casa, achei que fosse dar até divórcio no fim das contas, mas nos entendemos super bem! Trabalhamos como uma verdadeira equipe, fomos companheiros um do outro para tudo, e no fim senti muita falta de ficar o dia todo com ele depois que voltei a trabalhar. 
Agora não sei o que me aguarda com essa nova cirurgia. Não sei se ele vai pra casa da mãe de novo, se eu vou pra casa da minha avó (embora já estejamos ficando mais lá por causa do meu serviço). Mas decidi que não vou antecipar nada e me estressa agora, vou deixar chegar para ver no que vai dar.
Já estou no lucro com tudo que tá acontecendo agora, as coisas saindo melhor do que eu esperava. Arthur não deu trabalho nem um diazinho sequer, então não posso reclamar. Douglas tem sido um pai maravilhoso e me ajudado demais da conta.
Pena que estou sem fotos do Arthur para postar agora, mas prometo que assim que descarregar a câmera, posto várias para vocês verem como meu menino tá lindão!
Agora vou correr porque estou saindo do serviço e tem um rapazinho me aguardando no carro, solicitando a mamada da tarde!!!rs

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Vídeo do parto do Arthur: momento inesquecível!...

Acreditem que achei esse vídeo na minha câmera outro dia? Não sabia que meu marido havia filmado parte do parto, porque na verdade os médicos não gostam que gravem lá dentro do bloco cirúrgico. Mas acho que ele fingiu que estava tirando umas fotos quando tiraram o bebê e começou a filmar.
Assistir esse vídeo é uma emoção muito grande pra mim, pois relembro o dia em que meu reizinho chegou a esse mundo, me trazendo mais felicidade! Ouvir aquele primeiro chorinho, cada vez que eu escuto, me enche de alegria e de um amor profundo, que não tem explicação...
Vou compartilhar com vocês essa emoção, e quem já é mamãe sabe do que estou falando!...
Espero que gostem!

5 meses já: meu reizinho está crescendo!...



Com 4 meses nesta foto: sempre sorridente!...
 Nossa! Quanto tempo que não posto nada!
É... A vida dupla de mãe e dona de casa está tomando todo o meu tempo. Quando os meninos dormem, eu ainda tenho um monte de coisa pra fazer, ou geralmente já estou tão cansada que só quero tomar banho e deitar.
Os sorrisos que alegram meus dias!...
E me faz ser uma mãe realizada! Meus dois anjinhos!


Mas não tenho do que reclamar. Estou realmente amando minha nova rotina, estou adorando poder passar todo o tempo do meu dia ao lado da minha família, e curtir meus filhos um montão! Quando Davi completou quatro meses eu voltei a trabalhar, e logo depois entrei para o curso de formação da polícia, então perdi muito do crescimento dele durante uns 3 meses. Mas o Arthur está sendo diferente, porque estou tendo tempo exclusivamente pra cuidar dele, pra acompanhar seu crescimento, levar ao pediatra, pra tomar vacinas (embora não chegue a entrar na sala pra segurar ele!rs), visitar as vovós, etc. Não nos desgrudamos um minuto sequer! E está sendo tão maravilhoso!...
Tá tão grande que as perninhas ficam pra fora da balança!rs

Estou curtindo ele ao máximo! E agora, já com cinco meses, está um bebezão! Enorme e gordinho! Na última consulta ele já estava pesando 8,135 kg e se não me engano, medindo 63 cm. Até o pediatra se assustou e achou que havia medido errado, mas é que ele está se desenvolvendo super bem. E fico muito orgulhosa quando doutor Rodolfo fala que é graças ao meu leite.
Ele inclusive já introduziu sucos na alimentação do Arthur, mas ele não gostou de nenhum até agora, e está tão forte, que resolvi por conta própria ir dando frutas e sopinha, embora ele não esteja aceitando muito bem nada (só o biscoitinho maizena que come de manhã enquanto eu tomo meu café com ele no colo). Mas estou fazendo isso por dois motivos: comecei a ter a impressão de que só o peito não estava sustentando ele, e outro, porque quando eu voltar a trabalhar, em dezembro, tenho medo dele não se acostumar de uma hora pra outra com outros alimentos, e sentir muita falta do peito. Já estou sofrendo por antecipação por ter de voltar a trabalhar daqui a pouco, e tá passando tão rápido!...
Fazendo os sons com a boca e segurando seu cavalinho!
"Quando crescer, quero ser igual meu irmão!"rs
Mas não vou sofrer agora não, melhor contar as novidades boas. Meu bebê tá super esperto! Já sabe rolar de um lado para outro, já segura tudo sozinho, com as duas mãozinhas (e inevitavelmente leva tudo à boca!), brinca e interage com a gente, principalmente com o Davi, por quem ele é fascinado, e dá cada gargalhada gostosa pra qualquer gracinha que o irmãozinho faça, até de olhar pra cara dele ele está dando gargalhadas. Vou tentar postar o vídeo dele rindo demais do Davi, é muito gostoso! Também tá bem sapeca! Na hora do banho, joga água no quarto inteiro, batendo as perninhas e os braços; já fica dando uns "pinotes" pra trás no colo da gente quando quer que a gente levanta com ele, ou quando está com sono; já aprendeu a imitar 'som de carrinho' com a boca, colocando a língua pra fora e soprano, aí faz aquela bagunça, e é baba pra tudo que é lado! Fica fazendo "bruuuuu", ou algo parecido!rs Adora assistir desenhos, e todo dia de manhã, quando ele acorda às seis ou seis e meia, eu coloco ele no bercinho móvel na sala, na frente da tv pra assistir discovey kids junto com o Davi, e um faz companhia para o outro! Acho tão bonitinho!... 
A próxima consulta dele é dia 21/10, e acho que vou me surpreender com o peso dele, porque a fralda tamanho M já está ficando apertada. Hoje troquei três pacotes, dos que eu ainda ganhei no chá de fraldas, por tamanho G, porque senão vou perdê-las.
Bom, é isso. Não vou delongar muito porque ainda estou sem banho, e já são quase dez da noite. Os meninos já estão dormindo, então vou aproveitar pra pendurar e passar umas roupas!
Vida de mãe!...

1ª foto em família, no dia do meu niver! Meus presentes maiores!

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Dia 15/08/2013 - Três meses que passaram voando!...

    É isso aí!... Esses três meses do Arthur em nossas vidas parece que voaram e a gente nem se deu conta do tempo. Meu bebê já está tão diferente a cada dia que passa! Lindo demais!
    Hoje faz um mês que voltamos para nossa casa, e até que não foi tão difícil me adaptar novamente à rotina, porque Douglas fica com os meninos sempre que eu preciso arrumar casa, passar roupa ou fazer comida, então não está sendo tão difícil quanto pensei que seria. O pior foi a primeira semana em casa, que eu senti demais a falta de vovó, mas a gente se comunica todos os dias por mensagem, e toda semana dormimos pelo menos um dia na casa dela, aí dá pra matarmos a saudade, eu dela, e ela dos meninos.
    No mês passado eu não cheguei a postar depois da consulta mensal de Arthur, então para atualizar as notícias, com dois meses ele estava pesando 5,800 kg e medindo 59 cm. Fiquei de boca aberta! Meu rapazinho cresceu enormes dez centímetros em apenas dois meses!!! Cresceu seis cm em um único mês!... 
    Esse mês ainda não teve consulta, tá marcada pra sexta-feira, 14:30 horas, aí depois arranjo um tempinho no meu dia-a-dia corrido pra postar as novas medidas!rs
    Ele tá tão engraçadinho! É todo risonho, tá conversando que nem uma maritaquinha, principalmente quando acorda e a gente continua deitado e não dá muita atenção pra ele, aí ele conversa numa altura, como quem quer acordar a casa toda. Acho lindo demais! Aí acabo levantando pra ficar conversando com ele.
    Davi continua um doce de menino, e com o irmão então nem se fala! Todo carinhoso, prestativo, tem ajudado demais. Por falar nele, sábado ele completa quatro aninhos, e já encomendamos a tão desejada bicicleta como prêmio prometido por ele finalmente aprender a usar a privada pra fazer o número dois!rs Até mês passado era só fralda, e eu já estava surtando pensando como ia fazer pra ele largar, afinal ano que vem já vai pra escola. Prometemos bicicleta, passeio, video game, tudo! Mas o negócio funcionou meio que na marra mesmo! Depois de umas boas doses de Naturete (um laxante fitoterápico a base de ameixa) e de avisar que não tinha mais fraldas, ele acabou não tendo muita opção. Foi um chororô nas quatro primeiras vezes. Parecia que tava sentando ele em espinhos, e depois ele começou a gostar, viu que não era nada demais, pelo contrário, era até bem legal sentar no redutor de sanitário de patinhos dele, e aí criamos todo um ritual de contar números depois que ele acaba, dar descarga e bater um spray pra deixar o banheiro com cheirinho bom. Ah, crianças!...rs Valeu a pena!
    Douglas está se recuperando cada vez mais. Já consegue me ajudar bastante em casa, lava vasilhas, lava a garagem, e claro, fica com Arthur a maior parte do dia quando estou ocupada. Está sendo bom tê-lo em casa comigo de companhia, o dia todo, a gente tem se divertido. Mas esses dias pra trás tivemos uma DR, porque ele começou a me questionar que não tenho mais tempo pra ele, pra gente namorar, que um dia estou com dor de cabeça, outro dia cansada, no outro com infecção de urina... O pior é que não é mentira. Mas eu realmente estou andando meio cansada, e acho que depois do parto minha libido alterou bastante, não sei se é normal ou se de repente é algo psicológico. Ele até me aconselhou a procurar um médico ou pesquisar alguma coisa do tipo na internet. Queira muito saber se alguém já passou por algo assim pra me dizer o que fazer. Jamais vou a um médico pra falar sobre isso! Acho meio constrangedor.
    Enfim, é isso. Com toda correria da nova vida dupla de mãe, estou muito feliz e satisfeita, apesar de estar um pouco mais cansada. Mas tudo tem sido muito gratificante pra mim, estar ao lado da minha família não tem preço!

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Dia 09/07/2013 - Dois meses com meu pequeno Arthur!!!

             Pois é... O tempo voa!... Meu bebê (que nem ta parecendo mais um bebê de tão enorme que já está) completou dois meses de vida ontem, e de quebra, ganhou três agulhadas nas perninhas e umas gotinhas, que pela cara dele não tinham gosto muito agradável. Coitadinho! Ainda bem que convenci minha avó a ir comigo pra segurar ele, porque eu mesma sou frouxa pra essas coisas.

Dá ou não dá vontade de morder?rs

Ah, por falar em avó, ainda estou na casa dela com minhas crias (isso quando Davi não inventa de ir ficar em Prudente com Douglas). Já estou tão apegada á ela, e ela á gente, que estou pensando como vai ser difícil voltar pra casa.
Douglas já está louco pra voltarmos essa semana ainda, e estamos só dependendo de arranjar alguém pra ir lá dar uma faxina do teto ao chão porque ta sem condições de entrar com tanta poeira depois desses dois meses fechada. Pra minha sorte, minha cunhada que ia amanha dar a faxina, não está passando bem, então talvez consiga adiar minha volta por alguns dias mais.

Ficar aqui com vovó está sendo tão bom! Pra nós duas, creio eu (e pra Arthur também, que ta curtindo colinho de bisa sem base!rs). Vai ser bem difícil voltar à rotina de antes.
Amo demais!...

Bom, mas deixa-me contar como foi mais esse mês do meu bebê lindo e fofinho! Arthur está lindo demais da conta, e não é só porque é meu filho, não. A bisa também fala a mesma coisa todo dia! (rs) Ele ta todo espertinho, já firma o pescoço, só gosta de ficar em pé no colo, e ta simplesmente E-N-O-R-M-E! Sem brincadeira, ele já ta usando roupa tamanho G com apenas dois meses! Onde vai parar? Já tive que comprar roupas pra ele duas vezes depois que ele nasceu, e só não comprei mais porque mãe deu um bocado de roupinhas maiores, que salvaram meu bolso este mês!rs Fora o tanto que ta gordinho. Os braços e as costas que o digam! Continua mamando bastante, e só dou um chazinho de vez em quando pra acalmar as cólicas, que graças a Deus são eventuais.
Fazendo caras e bocas!

Meu bebê é tão calminho, tão bonzinho, que tenho que agradecer à Deus todos os dias. Não poderia querer um bebê melhor que este. E pensar que cheguei a sentir certa rejeição quando soube que seria um menino. E agora estou eu, toda boba, completamente apaixonada e babona com esse meu meninão lindo, fofo, que eu amo tanto!
Meu bebê tá enorme demais!

Ele é tão tranqüilo que chega a dormir a noite inteira, e ás vezes eu é que acordo pra dar ele o peito, porque chorar mesmo ele não chora nunca durante a noite. Um anjinho!... E os sorrisos? Estão cada vez mais gostosos! Todo dia recebo sorrisos que parecem mais agradecimentos. É como se ele dissesse “te amo” e “obrigado pelo carinho” a cada sorriso todas as manhãs. E não sabe como isso me alimenta a alma, como me faz feliz e realizada como mãe e como ser humano. Acho que não existe nada melhor neste mundo do que ser mãe e sentir o carinho e o amor de um filho, mesmo tão pequenino!... Um sorriso deles e a gente se sente renovada completamente. Um sorriso compensa toda perda de sono, todo cansaço, todos os nove meses carregando aquela barriga pesada, que trouxe náuseas, azias, insônias, enfim, compensa tudo!
E Davi?! Tem que ver como é todo carinhoso com o Arthur. Tudo é “meu irmãozinho isso”, “meu irmãozinho aquilo”, “eu amo meu irmãozinho”! Lindo demais! Adora ajudar na hora do banho, carregar o irmãozinho, e é todo protetor.
Sorriso mais fofo do mundo!!!

Douglas já está bem melhor. Não vai precisar passar por outra cirurgia agora e está se recuperando bem, embora lentamente. Ás vezes ele vem pra casa de vó e fica aqui a semana inteira comigo e com os meninos. Davi que adora, porque assim tem companhia pra jogar vídeo game.
O único episódio triste desse mês (fora as vacinas de Arthur), foi uma febre que me tomou na semana passada, e fiquei ruim sexta-feira e sábado. Tive febres altas do nada, e fiquei sob os cuidados carinhosos dos meus avós. Vovó, tadinha, nem dormiu de sexta pra sábado monitorando minha temperatura, e no sábado de manhã, quando estava já debatendo de frio com quase 41º de febre, ela ligou pra Angélica e para o namorado de mãe e pediu que eles me levassem ao médico. Fiz exames que não mostraram nada, e no domingo já tava boa. Vai entender!...
Importante é que já tô bem, e cuidando dos meus pimpolhos!rs

terça-feira, 18 de junho de 2013

Dia 18/06/2013 - 1 mês de muitas alegrias e mil novidades!




Meu reizinho com apenas 4 dias, sorrindo!
               Bom, já faz bastante tempo desde o último post, então tenho mil e uma notícias pra contar. Como este mês passou voando!
Não existe nada melhor neste mundo!...
            Pra não perder o fim da meada, vou continuar a história de onde parei, no último post. Como eu dizia, voltei pra casa logo após a alta hospitalar, com meu marido e meu filho, mas já no caminho de volta, já começava a sentir um incomodozinho que não sabia explicar o que era. Com o passar dos dias, foi ficando mais claro que eu estava deprimida, pois me sentia sozinha, apavorada de ter que cuidar de duas crianças quando eu mal conseguia tomar banho sozinha, e um vazio enorme dentro de mim que eu nem sei como explicar. Pensava que isso iria passar, porque de Davi também senti isso, só que na época de Davi, mãe morava comigo, então foi tudo mais fácil.
            Os dias eram intermináveis, e eu ficava só a espera de Douglas chegar pra me fazer companhia, e mesmo com a presença dele, sentia vontade demais de chorar.
            No domingo, dia das mães, fui passar na casa de vovó, e todos corujaram demais o Arthur. O dia foi ótimo, tiramos muitas fotos, mas quando meu irmão Felipe me deixou em casa, começou a choradeira. Mandei mensagem pra mãe e ela logo mandou Fernanda e Oliveira, namorado dela, pra me fazerem companhia. Achei uma gracinha da parte deles terem ido, e enquanto minha irmã me ajudou a tomar um banho, Oliveira deu uma ajeitada na casa toda, da cozinha ao quarto de Davi. Fiquei imensamente agradecida, e eles me fizeram companhia até Douglas voltar da casa da mãe dele.
 
Minha família: meus irmãos Juliano (à esquerda), Fernanda com Davi no colo, Felipe (ajoelhado ao centro), minha avó Virgínia com Arthur, minha mãe e meu avô Ertúzio. Amo demais todos!!!
            Na terça-feira, levamos Arthur pra vacinar, e depois minha cunhada Rosa foi lá pra casa dar faxina. Adorei ter companhia, e aproveitei pra ajudar ela, porque não agüentava mais ficar quieta. No fim do dia senti muita dor nos pontos, mas a cabeça estava bem melhor!
            No dia seguinte, uma senhora amiga de Douglas foi lá em casa passar minha roupa, e tive companhia de novo durante quase todo o dia, aí fiquei bem.
            Na quinta-feira, se não me engano, mãe havia combinado de ir lá pra casa à tarde, mas depois soube que ela ligou pra Douglas e disse que me faria uma surpresa, indo lá pra casa de manhã e fazendo café pra mim. Mas naquela manhã, quando a campainha tocou e abri o portão, me deparei com Felipe e Fernanda, e fiquei sem entender. Aí eles foram entrando e Felipe foi curto e grosso (porque ele disse que detesta dar notícia ruim às prestações!rs): “Douglas sofreu um acidente de moto, quebrou a perna e está no hospital aguardando cirurgia”.
Como assim? Pensei. Minha ficha custou a cair que naquela manhã Douglas tinha ido trabalhar de moto, mas achei que Felipe estava brincando. Até que liguei pra mãe e ela me confirmou que estava no hospital com Douglas e que ele já iria entrar para o bloco cirúrgico, pois havia acidentado e teve fratura exposta na perna esquerda.
Meu Deus!!! Aquilo não estava acontecendo comigo. Felipe me mandou juntar minhas coisas pois me levaria para casa de mãe. Depois Angélica me ligou falando que já havia ajeitado tudo, e que era para eu ir pra casa de vovó, que ela já estava me esperando. E uma semana após o parto, lá estava eu dirigindo, pegando estrada, rumo à casa de vó com dois meninos e o carro cheio de coisas. Nem sabia quanto tempo ficaria lá.
Cheguei na casa de vó e chorei até! Depois tive notícias de que a cirurgia tinha corrido bem, e que colocaram uma haste de ferro na perna dele, e que a recuperação seria longa.
Resumindo: já faz pouco mais de um mês que Douglas está ficando na casa da mãe dele e eu estou na casa de vó com Davi e Arthur. Não tinha condições de voltar pra casa, recém operada, com dois meninos e Douglas operado também, precisando de ajuda pra tudo, mais debilitado do que eu. Passei uns percalços com minha sogra (que acho que estava achando desaforo eu não estar cuidando do meu marido), mas agora está tudo bem.
Dias das mães. Meus dois rapazinhos lindos! Fico babando!
De vez em quando, como esses dias agora, Douglas vem pra casa de vó ficar comigo e com os meninos, e de vez em quando vou visitá-lo na casa da minha sogra, mas não vou pra dormir.
Minha vida ficou meio que ao avesso, tudo muito inesperado, mas no fim das contas, está sendo ótimo ficar na casa de vó, porque ela ficava muito sozinha, e estamos sendo ótimas companhias uma para a outra!rs Ela me ajuda demais da conta! Nem posso dizer o quanto! Está sendo mais que uma mãe pra mim, e me ajudado demais com os meninos, principalmente o pequenininho. Sem contar que ela está apegada demais a ele, e já fico pensando quando eu voltar pra casa, como vai ser pra nós todos (porque Arthur também está gostando demais do colinho da bisa!).
Dr. Rodolfo foi meu pediatra! Acreditem!rs Adoro ele demais!
Bom, sobre meu pequeno reizinho, está LINDO DEMAIS!!!! Mamando igual um bezerro! E só crescendo e engordando. Esse primeiro mês, na primeira consulta com o pediatra, fiquei super feliz que ele engordou 1,075 kg e cresceu 4 cm! Ta enorme! Já tem uns quatro macacões que não servem mais. Ta perdendo tudo muito rápido.
Meu bebê tá gordinho!
O Arthur é muuuuito tranqüilo! Todo calminho, chora pouco, dorme a noite toda (onde que eu ia imaginar um bebê dessa idade dormir a noite toda??? Me preparei a gravidez inteira pra passar noites e noites em claro, e me surpreendi!).
Davi está adorando o irmãozinho! Me ajuda com tudo, é meu ajudante oficial na hora do banho! E é todo carinhoso com o irmão, só vendo!
Davi todo feliz com o Arthur no colo!
Meu bebê com um mês!!!
E eu? Estou maravilhosamente bem! Psicologicamente recuperada de todos os sustos, 10 quilos mais magra, com a alto estima lá em cima, me achando ótima fisicamente! Só confesso que estou com um pouco de medo quando minha vida voltar às normalidades, e eu voltar pra casa e ter que dar conta de tudo sozinha. O bom que estou super bem, mas imagino que não vai ser fácil. Por mais que Arthur seja bonzinho, um bebê requer tempo demais da gente, e vou ter que fazer tudo em casa e ainda cuidar dos meus três homenzinhos! O que vai ser de mim? Não quero nem pensar agora!!!rs

domingo, 19 de maio de 2013

Dia 19/05/2013 - Tantas notícias em um post só

    Bom, são tantas as notícias que tenho para dar que nem sei bem de onde começar. Então resolvi dividir esse post em alguns tópicos para ficar mais fácil organizar minhas idéias e seguir a ordem cronológica das coisas. E aí vai!...

Dia 06/05/2013 - Um grande susto e a ida à maternidade

    Na segunda-feira, dia 06/05, trabalhei normalmente durante o dia, mas saí do serviço mais cedo para toamr um banho na casa de mãe, pois tinha consulta de pre-natal. Devo ter chegado na casa de mãe por volta das cinco horas da tarde, e a consulta era lá pelas seis (por causa do atraso comum), e quando se aproximou do horário, a recepcionista do consultório me ligou desmarcando a consulta pois doutor Gilton teve que fazer um parto de urgência e só me atenderia no dia seguinte. Decepcionada, porém resignada, já que não tinha mesmo jeito, liguei para Douglas, que havia ido trabalhar de moto para conseguir chegar a tempo na consulta, e disse que podíamos ir embora, que a consulta havia sido adiada para o dia seguinte. Aí ele me pediu que o esperasse na casa de mãe, pra gente poder passar no banco e sacar um dinheiro para depositar na poupança no dia seguinte.
    Pois bem. Nos encontramos e fomos até o banco, eu de carro e ele de moto. Chegando lá, quando estávamos subindo a rampa do banco, uma mulher me chamou e quando chegou até mim, me avisou que eu tivesse cuidado, que dois rapazes bem suspeitos estavam na esquina do banco, por onde ela acabara de passar, combinando de me assaltar assim que eu saisse do banco, e ainda disseram que eu estava grávida, então seria fácil. Senti meu estômago embrulhando naquele momento, e pensei que o suco de milho que eu tinha tomado pouco antes (que Douglas trouxe com o maior carinho para mim) não havia caído bem. Mas entramos no banco assim mesmo. E não é que um dos pivetes entrou junto e começou a encarar Douglas bem nos olhos, enquanto nos dirigíamos ao caixa eletrônico? Achei aquilo uma afronta! Desejei demais estar armada naquele momento para mostrar àquele moleque que mulher grávida pode ser mais esperta do que ele pensa. O pior é que eu não fui tão esperta, porque estava completamente desarmada.
    Pedi à Douglas para não efetuar nenhum saque, e enquanto olhávamos o extrato da conta, o tal indivíduo fingiu mexer em outro caixa, mas sem tirar os olhos da gente. Por fim, ele acabou saindo do banco, mas ficou rondando a porta, subindo e descendo a rua, em atitude muito suspeita.
    Pedi a um dos guardas do banco que me acompanhasse até meu carro, e expliquei o motivo, mas ele falou que não podia fazer aquilo (não sei o que custaria a ele fazer isso. Se acontece algo comigo, sei que a consciência dele ia doer bastante depois). Aí Douglas falou que eu esperasse dentro do banco que ele manobraria o carro e o deixaria na porta do banco pra mim, já ligado, e em seguida pegaria e moto e iria me seguindo, para irmos juntos para casa. E assim ele fez.
    Os guardas ficaram apenas olhando da janela, e não sei se os indivíduos perceberam, mas começaram a subir a rua, se afastando da porta do banco, e assim que Douglas manobrou o carro, pulei pra dentro dele e arranquei sem nem abrir os vidros.
    Meu estômago embrulhava tanto que achei que fosse vomitar a qualquer momento! Fui dirigindo sentido Prudente de Morais e foi me dando uma terrível dor de cabeça no trajeto, fora a náusea, e então resolvi abrir os vidros um pouco, já na estrada, para ver se me sentia melhor. Não funcionou muito. Quando já estava chegando em Prudente, comecei a me sentir mal, como se estivesse com falta de ar, muita náusea, e daí comecei a sentir um pouco de tonteira. Foi quando comecei a piscar o farol para Douglas parar e assumir a direção do carro, pois estava com medo de continuar dirigindo e acabar provocando um acidente. Parei em um acostamento e abaixei a cabeça no volante.
    Nisso, Douglas olhou para trás e me viu, e então voltou correndo, já desorientado, pedindo socorro, e eu destravei as portas do carro e comecei a ter ânsia de vômito, mas só saia mesmo água. Sei que alguém parou para ajudar, mas nem consegui ver quem porque, a esta altura, já estava tendo uma crise nervosa, e nem conseguia dizer nada.
    Poucos minutos depois para uma viatura da polícia militar e começa a questionar se houve algum acidente, se eu tinha batido em algo, e Douglas explicando que eu só estava passando mal. Aí me tiraram da direção do carro, me passaram para o lado do passageiro, e mandaram Douglas me levar para o hospital em Sete Lagoas, que o pessoal do restaurante ali perto levaria a moto que ele estava. E assim foi feito.
    No caminho para Sete Lagoas, eu já estava melhor, mas comecei a sentir cólicas demais, do tipo de contrações. Elas estavam bem constantes! Pedi para Douglas me levar para a casa de mãe ao invés do hospital, e ele já havia explicado a ela meu estado pelo celular durante o trajeto. Chegando lá, ela olhou minha pressão, que estava normal, e disse que estava tudo bem. Mas aí ela reparou na frequência das contrações e achou mais prudente Douglas me levar à maternidade.
    Chegando lá, haviam algumas mulheres na minha frente, mas não demorou tanto para eu ser atendida (ou talvez tenha demorado, mas nem tenho mais noção do tempo que fiquei lá agora). Sei que quando fui atendida, a médica me examinou, disse que o colo do útero estava fechado, mas que eu tomaria um buscopan composto no soro intravenoso para parar as cólicas.
    A enfermeira me levou até o quarto andar da maternidade e me colocou em um quarto, tipo de enfermaria, onde tinha uma mulher que já havia ganhado bebê, e me deitou lá na cama com o soro ligado, onde fiquei até uma hora da madrugada, com Douglas sentado em uma poltrona ao lado, cochilando. Olhava a mulher com um ar de cansada, com a mãe dela ao lado do bercinho do bebê, e ficava pensando que dali a alguns dias seria minha vez.
    Quando o soro acabou, passei na médica para ela me liberar e pedi um atestado para o dia (no caso, para a terça, porque já era mais de meia noite) e ela me deu.
    Fomos embora, pegamos Davi na casa da minha sogra, e finalmente chegamos em casa mortos de cansados.

Minha última foto grávida, na sala de pré parto.
  
Dia 07/05/2013 - Pré natal, ultrassom e uma notícia inesperada

    Na terça-feira acordei mais tarde, pois estava de atestado e não iria trabalhar. Minha consulta estava marcada para meio dia, então deixei Davi na casa da minha sogra, almocei e fui. Ainda esperei um tempinho bom pra ser atendida, mas isso não é nenhuma novidade! Quando doutor Gilton me atendeu, relatei para ele o ocorrido na noite anterior, e também disse a ele que na sexta-feira passada eu suspeitei que havia perdido líquido, e que então fui à maternidade e o médico de plantão me solicitou um exame de ultrassom, chamado PBF (Perfil Biofísico Fetal) para ver se estava tudo bem com o bebê, e que eu havia marcado o exame para aquele dia, após sair do consultório dele. Ele disse que tudo bem, que quando saísse o laudo, que levasse para ele ver.
    Conversou bastante comigo, me examinou, disse que estava tudo bem. Por fim, perguntou sobre o problema de hemorragia que tive no primeiro parto, e disse que queria que eu fosse avaliada pela hematologista antes do parto, para ele não passar sustos como minha médica passou, e que queria deixar reserva de sangue caso eu precisasse de transfusão mais uma vez. Como minha hemoglobina estava no limite, mandou que eu tomasse vitamina e ferro durante os dias antes da cesárea, para tentar elevá-la a um nível mais seguro. E lá do consultório mesmo, ligou para a doutora Cristina, minha hematologista, e explicou a ela o caso, mandando que eu fosse ao consultório dela assim que saísse dali.
     Assim eu fiz. Como era tudo no mesmo prédio, passei na doutora Cristina e a secretária marcou consulta para sexta-feira. Saí de lá e fui direto para o ultrassom.
    A médica que fez o exame é super atenciosa, uma gracinha de pessoa! Começou o exame, conversando comigo o tempo todo, mas aí teve uma hora em que ela ficou mais séria, e disse que eu estava com o líquido amniótico muito diminuído. E durante todo o exame ela frizava mais a frase: "Seu líquido tá muito, muito diminuído mesmo! Nos espaços vazios, onde era pra ter líquido, só consigo enxergar cordão umbilical; não vejo líquido algum".
    Comecei a ficar muito preocupada, mas não deixei transparecer. Como gostaria que Douglas ou minha mãe estivessem comigo naquele momento!... Mas na frente da médica, me mantive forte. Ela me perguntou para quando era o parto, e eu disse que era dia 15/05. Aí ela disse que não poderia esperar até lá, que já ia me dar o laudo e gostaria que eu levasse imediatamente para meu médico, que provavelmente ele iria antecipar o parto.  Disse que até aquele momento o bebê estava muito bem, mas que não podia arriscar. Me mostrou o rostinho dele, sentado, e disse que a imagem estava ruim justamente pela falta de líquido.
    Saí da sala de exames e fui para a recepção aguardar o laudo, e aí um milhão de coisas já se passavam na minha cabeça. Liguei para Douglas, depois para mãe, e então ela me disse que mandaria Oliveira (o namorado dela) ir me fazer companhia, para que eu não ficasse sozinha. Sei que comecei a chorar, meio que em pânico do que iria acontecer dali pra frente. O parto de Davi me veio à cabeça como um filme, e então comecei a pedir a Deus que não deixasse tudo aquilo me acontecer novamente.
    Oliveira chegou e o laudo ficou pronto, e então fomos até o consultório de doutor Gilton ver o que ele resolveria. Antes de ser atendida, Douglas chegou e entrou comigo no consultório. Assim que olhou o laudo e leu a conclusão, onde dizia "Oligohridamnia absoluta", e ainda dizia que o bebê estava bem, ATÉ O MOMENTO (o que deu a entender que ele poderia não estar bem a qualquer momento). Após ler e fazer alguns grifos no exame, doutor Gilton pegou seu bloquinho e começou a fazer meu encaminhamento para a maternidade. Disse que eu seria internada e que o médico de plantão faria meu parto, porque não convinha esperar mais, pois o bebê já estava de 37 semanas e poderia entrar em sofrimento. Aí que fiquei em pânico mesmo! Comecei a chorar dentro do consultório, e doutor Gilton me consolou dizendo que eu não chorasse, que o bebê estava bem e pronto para nascer. Falou que eu poderia ir em casa tomar um banho e pegar minhas coisas, pois como eu tinha alimentado às três horas da tarde, o médico só faria a cesárea depois das nove horas, porque tem que ter o tempo do jejum.
    Fui em casa, desnorteada, e eu e Douglas começamos a arrumar tudo. Eu nem estava acreditando que o Arthur já ia nascer naquele dia. Liguei para mãe e mandei mensagem para algumas pessoas avisando do imprevisto.
    Depois de arrumar tudo, passei na casa da minha sogra para deixar as coisinhas de Davi e partimos para a maternidade, sendo que minha cunhada Paula, que é enfermeira, fez questão de nos acompanhar.
    Chegando na maternidade, fiz a ficha e subimos para aguardar o médico atender. Se não me falha a memória, só havia eu para ser atendida. A enfermeira não deixou que minha cunhada ficasse lá, pois só poderia ter um acompanhante, então Douglas mandou que ela aguardasse na sala de espera do bloco cirúrgico.
    Quando o médico chegou e me atendeu, um tal doutor Roberto que nunca vi mais gordo, olhou meu encaminhamento e começou a rir, dizendo que não via nenhum motivo para me internar e antecipar meu parto, que o que eu tinha, várias pacientes dele já tiveram e nem por isso anteciparam o parto. Me subiu um nervoso na cabeça, mas decidi não estressar. Comecei a pensar comigo, enquanto ele falava um monte de abobrinhas, que assim que eu saísse do consultório que ligaria para doutor Gilton e o pagaria a tal taxa de disponibilidade para ele ir imediatamente fazer meu parto, pois não queria correr o risco de voltar pra casa e acontecer algo com meu bebê por causa da imprudência de um médico inexperiente.
    Ao relatar para ele o que ocorrera no meu parto anterior, a pedido de doutor Gilton, ele riu novamente, e disse que meu exame de sangue, inclusive hemoglobina e plaquetas (que estava abaixo do nivel normal) estavam ótimos, e que ele faria um parto sem nenhum risco com um exame daqueles.
    Outra crise de ódio me passou pela cabeça. Aquele médico tava a fim de irritar ou ele era mesmo insuportável com todo mundo? Custava ele apenas seguir o pedido do meu médico e me internar logo pra acabar com aquilo? Por fim, ele olhou meu exame de ultrassom, e quando leu a conclusão, começou a mudar de idéia. Disse que ia me internar e ver com o outro médico a opinião dele, se faziam ou não a cesáreana. Bom, menos mal se já ia me internar. Antes de eu sair do consultório, mãe chegou e isso já me deu mais confiança, porque a enfermeira que estava na sala conhecia ela, e o médico percebeu que mãe era da área de saúde, então acho que ele pensou bem antes de me mandar pra casa e fazer alguma besteira.
    Fui para o pré-parto e depois de um tempo Douglas chegou para ficar comigo. O pediatra que estava de plantão era doutor Rodolfo, que acreditem, foi meu pediatra! Isso me deixou muito mais tranquila! Depois de algum bom tempo, os médicos chegaram e disseram que decidiram fazer meu parto, que havia apenas duas pacientes na minha frente, e em seguida seria minha vez.
    A ansiedade estava a mil, mas me controlei porque Douglas estava lá e entraria na sala de parto comigo, e também deixaram que mãe assistisse ao parto, por trabalhar na área de saúde. Fiquei super aliviada ao saber da notícia por doutor Rodolfo! Ter mãe e Douglas comigo na hora do parto seria perfeito! Só teria que esperar mais alguns minutos para finalmente, conhecer meu pequeno Arthur!

Dia 08/05/2013 - Enfim o Arthur!... E algumas complicações...

Arthur nasceu com 49 cm e 3,215 kg!
    Meia-noite, e eu já estava sentada na maca da sala de cirurgia. Mãe já estava lá dentro comigo, porque doutor Rodolfo a deixou entrar para ir me tranquilizando, sendo que Douglas entraria na hora do parto mesmo. Quando o anestesista chegou, começou a me perguntar sobre o problema de coagulação que eu tinha, e relatei todo meu histórico para ele, que ouviu com bastante atenção e seriedade. Ao final, disse aos médicos que só iniciariam a cesárea após um exame de sangue meu, um coagulograma e hemograma, para ter certeza de que não haveria nenhum problema durante o parto.
    O pessoal do laboratório subiu para colher o sangue, e nisso já havia acabado os outros partos, e resolveram me trocar de sala para outra maior.
    Enquanto não saia o resultado, ficamos conversando eu, mãe e doutor Rodolfo, e isso me deixou muito calma. Quando o resultado finalmente chegou, e o anestesista disse que estava bom e que poderiam começar o parto, eu fui ficando nervosa. Tinha medo da anestesia na coluna, e ela realmente doeu um pouco, uma sensação de queimação, mas o pior mesmo foi a reação logo depois. Quando me deitaram, comecei a sentir da barriga para baixo adormecer, e quando os médicos começaram a limpar a região da cirurgia, fui sentindo náusea e falta de ar, e achei que fosse morrer. Mãe estava, e ficou o tempo todo logo atrás de mim, segurando minha cabeça, me tranquilizando, dizendo que era assim mesmo e que logo aquela reação iria passar.
    O anestesista me colocou no oxigênio, e mãe me avisou que Douglas já estava na sala, próximo aos meus pés (e por isso não o vi), mas garantiu que ele estava assistindo tudo.
    Foi tudo muito rápido, e às 01:18 horas, escutei o chorinho do meu Arthur, forte, alto, e não contive as lágrimas de alegria e alivio que vieram na mesma hora. Vi meu anjinho sendo levado para ser limpo pelo pediatra, e reparei como ele era perfeitinho, até rosado, com uma carinha linda!.... Logo em seguida tiraram ele de lá, sem eu nem ter tocado nele ainda, e então os médicos começaram a me costurar, com mãe ainda ao meu lado, todo o tempo, pois Douglas já tinha saído da sala assim que tiraram o bebê de lá para levar ao berçario.
Meu presente de Deus!
    Quando acabaram de costurar, disseram que foi tudo bem, que eu sangrei muito pouco, o normal, e que realmente não havia líquido quando abriram a barriga. Aí eu já estava mais tranquila, pensei que o pior havia passado.
    Quando me levaram para  a sala de recuperação, mãe já não pode me acompanhar, mas haviam mais três mulheres lá dentro, inclusive uma de nome Janaína, que teve o bebê pouco antes do meu. Ficamos conversando durante algum tempo, às vezes eu cochilava um pouco, e depois levaram nossos bebês para mamar. O pior que eu não sentia as pernas ainda, e ficou difícil amamentar, mas fiquei juntinho do meu bebê e aproveitei para dormir um pouco até passar o efeito da anestesia e poder ir para o quarto. De vez em quando, uma enfermeira passava e perguntava se minha pressão era baixa no normal, porque estava 8 por 4. Respondi que não era tão baixa, e pensei que talvez por isso eu sentisse tanto frio e sono.
    Finalmente, lá pelas cinco e meia da manhã, vieram me levar para o quarto, mas qual não foi meu susto, e também da enfermeira ao levantar meu lençol e ver que a cama estava repleta de sangue, até perto do meu pescoço. Então ela começou a apertar minha barriga e eu senti, além da dor terrível parecendo que eu ia desencarnar, uns coagulos de sangue saindo.
No quarto, antes da transfusão.
    Fui para o quarto e vi Douglas, e antes de adormecer novamente, ficamos babando em cima do nosso bebê, tão lindo e perfeito, uma verdadeira obra de Deus!
    Mais tarde, quando as enfermeiras chegaram para trocar o lençol, novamente a cama estava repleta de sangue, e achei aquilo muito estranho, mas elas disseram que era normal.
    Durante todo o dia, quando eu ia ao banheiro tentar fazer xixi, so descia sangue vivo, e quando eu olhava no espelho, achava minha cor desbotada, estava muito amarela, sem nem contorno nos lábios, mas pensei que pudesse ser reflexo da luz no espelho, já que ninguém me falou que eu estava pálida.
    Ah, teve ainda um episódio de manhã, quando minha tia Angélica (Quinha) foi me levar para tomar banho depois do café da manhã, e eu desmaiei logo depois do banho, e quando o médico entrou no quarto e foi me arrastar para a cama, vomitei tudo que tinha comido.
    Mais tarde, mãe foi ficar comigo e quando foi me levar ao banheiro, ficou assustada com a quantidade de sangue que desceu, e quando doutor Rodolfo foi no quarto ver como eu e o Arthur estávamos, mãe conversou com ele que aquilo não era normal, que eu estava amarela demais. Então, doutor Rodolfo deixou um pedido de sangue prescrito, e o pessoal do laboratório foi colher já a noite.
    Mãe foi embora e Douglas foi dormir comigo (e ele literalmente dormiu, porque estava morto de cansado!). Às duas da manhã, a doutora Carmem, que estava de plantão, me acordou com uma cara assustada perguntando o que estava acontecendo, que meus exames estavam muito abaixo do normal, minha hemoglobina estava a seis, as plaquetas caíram para 80.000, e o coagulograma estava alterado. Disse que se continuasse caindo daquele jeito que ela reservaria uma vaga na UTI para mim, e eu simplesmente fiquei apavorada! Douglas não ouviu nada, porque estava no décimo sono! E eu pensando que mãe poderia tanto estar ali comigo, de novo.
    O rapaz do laboratório colheu meu sangue e ela disse que assim que tivesse o resultado voltaria pra me informar. Liguei para mãe apavorada, e depois tentei dormir um pouco antes da médica voltar.
    Ela voltou já pela manhã, antes das seis horas, e disse que o exame deu estável (estava do mesmo jeito, não tinha melhorado mas também não piorou) e ela faria a transfusão de sangue no quarto mesmo para eu ficar com o bebê. Começou com transfusão de plasma, e tomei três bolsas, e em seguida foi a transfusão de três bolsas de hemácias.
Davi todo feliz com o irmãozinho!
    Pela manhã mesmo mãe chegou e foi ficar o dia inteiro comigo, pra Douglas descansar. Ela tinha ficado muito preocupada e arrumou alguém para trabalhar para ela naquele dia, pra me acompanhar durante a transfusão. Foram mais de doze horas seguidas de transfusão, sem me levantar para sequer ir ao banheiro, e com as enfermeiras medindo minha temperatura e pressão a cada meia hora. Um estresse! Mas no fim do dia eu era outra pessoa!
    Só para adiantar, no dia 10/05 eu tive alta, e voltei para casa com meu Arthur e com meu Davi. Mas chegando em casa me deu um vazio imenso, uma vontade de chorar terrível, e eu já sabia que era o princípio de uma depressão pós parto, mas esse assunto eu conto depois, em outro tópico, porque meu Arthur está resmungando agora querendo mamar e ele é minha prioridade número zero!rs
O 1º banho em casa teve até assistente!rsrs