Março.
Como o tempo ta voando!... E já tenho novidades desses últimos dias, que não
pude postar porque estava de atestado médico.
Para começar,
na quarta-feira Douglas teve reunião cedo no serviço e então eu fiquei com o
carro para deixar Davi na casa da minha sogra e ir trabalhar. Quando levantei e
comecei a me arrumar, começou o meu dilema, porque eu não achava uma roupa
sequer que me servisse! É incrível, porque roupa que eu havia vestido na semana
anterior já estava me apertando ou justa demais. Aquilo foi me irritando, e então
achei uma calça capri verde de malha (olha bem a combinação: calça capri, verde, e de malha!) e vesti com uma blusa da polícia branca que tenho lá.
Resolvi
deixar Davi na casa de mãe, porque assim poderia vê-lo na hora do almoço. E fui.
Chegando lá, reclamei com mãe que não achava uma roupa que me servisse mais,
que não sabia o que iria arrumar, porque naquela manhã literalmente revirei
minhas roupas a procura de algo que me servisse (já não estava nem procurando o
que caía bem, apenas o que servia), e não havia encontrado muita
coisa.
Aí mãe
foi até o quarto dela e de repente me chama, e me mostra um monte de roupas
lindas e folgadinhas em cima da cama dela, para eu experimentar. Eram roupas
dela mesma, algumas calças leggings, batas, vestidos… tudo muito lindinho! Já saí
de lá mais contente, e com uma das roupas que tinha ganhado.
Mas nesse
dia, minha alegria não durou muito, porque desde cedo eu comecei a sentir as
tais contrações de treinamento, que vinham com uma cólica chata, mas logo
passavam. Com o passar do dia, notei que as contrações estavam ficando mais freqüentes,
e mais doloridas também.
Quando
cheguei na casa de mãe para buscar Davi, comentei com ela das dores, e ela já
ficou toda preocupada, me mandou ligar para dr. Gilton, e disse: “Você lembra
da outra vez que você tava sentindo isso e Davi nasceu, né?”. Até então estava
bem, mas comecei a me preocupar.
Liguei
para Douglas, que às sete e tanta da noite ainda estava no serviço, e ele já
ficou preocupado. Passei no serviço dele e fomos para o hospital, porque fui
ligar para dr. Gilton e ele me disse que se me atendesse naquele horário, me
cobraria uma consulta particular, ou seja, uns duzentos reais!
Falei com
Douglas que não justificava a gente gastar aquele dinheiro, se tinha médico de
plantão na maternidade. Chegando lá, tinha uma fila enorme pra fazer ficha, e
quando finalmente subimos para a maternidade, havia seis gestantes na minha
frente e os médicos de plantão estavam empenhados fazendo parto, sem previsão para
acabar.
Bom,
como já estava lá, pensei comigo, melhor esperar. Fui me distraindo conversando
com outras mamães, mas a cada quinze minutos a danada da contração voltava,
dando dor nas costas e cólica, e a barriga toda dura, parecendo que eu já
estava na hora de ganhar neném.
Quando
os médicos finalmente começaram a atender, eu tive a infelicidade de cair com
um tal doutor João Alberto, mal humorado, que pelo amor de Deus! Primeiro ele já
me questionou do meu cartão de gestante, que eu não portava (eu nem imaginava
que ia passar mal, e minha consulta já é essa semana então nem esquentei de
andar com o cartão), depois ele bateu o pé que eu estava de 30 semanas de
gestação, e não de 27, como eu falei.
“Tudo
bem”, já respondi sem paciência, mas na verdade tive vontade de falar: “Foda-se
pra quanto tempo de gestação estou! O caso é que estou sentindo dor e quero que
o senhor me exame, se o mal humor e a má vontade permitirem!”. Santo Deus! Nem sei
o que faço se pegar o plantão de um médico desse pra ganhar neném. Na verdade,
eu sei sim: eu me viro pra arrumar R$1.500,00 e pago doutor Gilton pra fazer
meu parto.
Acho
que o médico percebeu minha impaciência, e eu fui tão grossa quanto ele, porque
a gente não é obrigada a abaixar a cabeça e deixar esses médicos serem grossos
com a gente. Eu tenho plano de saúde e estou pagando, e mesmo que não tivesse,
eles também recebem pelo SUS, e não tenho culpa se não estão satisfeitos com o
serviço, mas uma coisa que não tolero é ser mal atendida, como se estivesse ali
porque queria, e não porque precisasse.
Por fim,
ele mudou o tom de voz, e começou a falar com mais educação. Me examinou e
falou que o colo do útero tava espesso e fechado, e não havia risco de parto pré-maturo.
Me receitou Buscoduo pra parar as cólicas e me liberou.
No dia
seguinte cedo liguei para dr. Gilton, e ele me explicou que se o médico me
examinou e falou que tava tudo bem, que seguramente estava, senão ele me
internaria, se houvesse qualquer dilatação ou suspeita de parto pré-maturo. Aí falei
com ele que na gravidez de Davi, cheguei ao hospital às duas da manhã, morrendo
de dor, com 2,5 cm
de dilatação e o médico simplesmente me deu um buscopan na veia e me mandou pra
casa, e no dia seguinte, meu filho nasceu.
Aí ele
falou que se eu quisesse ir até o consultório que ele me olhava, mas que eu
teria que aguardar entre uma consulta em outra. Saí do serviço, assim que falei com ele, e
fui para o consultório.
Até não
demorou muito, porque às onze horas e pouco eu já estava dentro do consultório.
E embora tivesse ficado chateada dele não ter me atendido na noite anterior,
fiquei satisfeita que ele me atendeu super bem, como se fosse a data da minha
consulta, porque ele não teve a menor pressa em conversar comigo sobre tudo, me
examinar, pesar, medir a pressão, receitar exames e pomadas.
No fim
da “consulta”, ele me disse que estava tudo bem, que entende que eu esteja
preocupada, afinal a referência que eu tenho de parto não é das melhores, e então
me pediu um exame de urina para ver se não há risco de infecção, me passou
pomada para cândida (que eu nem sabia que estava com essa bendita!) e me deu
dois dias de licença do serviço.
Saí de
lá, fui para casa de vovó, e fiquei lá o resto do dia, esperando dar a hora de
ir buscar Douglas no serviço, porque se eu fosse para casa, talvez Davi não me
deixasse descansar, e eu estava realmente precisando. Dormi praticamente a
tarde inteira! Tomei o Buscoduo e as cólicas passaram, embora a barriga
continuasse a ficar dura.
Na sexta-feira
(01/03) de manhã, fui até a Academia Nado Livre e comecei as aulas de hidroginástica,
e me senti muito bem! No fim do dia, estava mais descansada, sem inchaço nas
pernas, uma maravilha!
Amanhã
tenho consulta de pré-natal com dr. Gilton, e estou pensando em pedir a ele uma
declaração, sei lá o que seria, para eu trabalhar apenas meio período do dia,
porque ele vive falando que eu tenho que desacelerar, mas como? Trabalho o dia
inteiro e quando chego em casa ainda tem mais serviço me esperando. Nesse ritmo,
eu vou tirar licença antes mesmo de entrar para o nono mês.
Ah,
nem contei das últimas comprinhas!rs Comprei nas Americanas um travesseiro de
fibra de silicone para amamentação, as conchas para seio da Phillips Avent (que
foram recomendadas por algumas mamães do Baby Center) e conchas para seios da
mesma marca, só que laváveis.
Também tinha comprado no Mercado Livre uma
cadeirinha de descanso com música e sistema de vibração, mas quando falei com
minha tia Cátia, ela disse que a cadeirinha é por conta dela. Ate estou tendo
alguns probleminhas com essa cadeirinha, e hoje mandei para a loja, por sedex,
o forro para trocar que veio descosturado e o aparelho de som, que veio sem
sistema de ajuste do volume. Mas as mamães do fórum também recomendaram
bastante! Disseram que acalma o bebê e que é ótima! Então, vamos aguardar para
ver se dessa vez vem a coisa certa.
Ui que susto. Ainda bem que já foi, já passou. Eu ficaria desesperada, sou dramática demais, cê sabe. Mas continue na hidro que vai te fazer bem. Vai dar tudo certo. Beijo
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